Hermetismo: uma visão geral.

Gnose sintetiza a ideia de que a verdadeira sabedoria está disponível apenas pela experiência pessoal, não sendo possível adquiri-la através da leitura (ou esforço mental). Leva a percepção de que é plausível conhecer Deus sem a possibilidade de explicá-lo.

Seria então um evento singular e imediato que pode ser comparado a um segundo nascimento (‒ similar ao despertar).

O hermetismo é não dual e defende que a caverna de Platão é uma ideia incompleta. Não se trata de libertar-se das correntes para poder sair da caverna e observar o mundo afora, e sim abraçá-lo independentemente da perspectiva que você experimentou dele, sustentando-se nas expressões do bom, do verdadeiro e do belo, tratando-o como ele merece ser tratado.

‒ A visão de que tudo que existente é perfeito é uma das bases para o despertar. Entender que até uma pessoa "acorrentada" pode atuar como uma pessoa desperta é interessante e poderia ser levada em consideração.

É o caminho para se desprender da ignorância, culmina na completa devoção aos deuses.

"O temor ao senhor é o início da sabedoria".

‒ Parece ser um conceito raso e enviesado, a devoção te leva à miopia de hipótese.

Parece se organizar em esferas, cada planeta seria uma esfera e também há estrelas fixas.

A parte, existem três outras esferas metafísicas: Ogdóade, Enéade e Uno.

‒ Parece fantasioso e de escasa utilidade (talvez eu não tenha tanto conhecimento sobre o tema).

A Ogdóade tenta explicar a residência da alma, e é o local de retorno das almas que viveram uma vida digna.

A Enéade (Nous) tenta explicar a intuição, a imaginação e a revelação divina, relacionando-se diretamente com Gnose (‒ e quizás com Espírito Santo ou centelha de Deus que habita o homem (Pneuma)).

O Uno tenta explicar a criação do universo a partir da intenção de Deus de criá-lo.

Deus tem o universo como seu filho, nós humanos somos descendentes do universo. Logo, há um vínculo preestabelecido entre humanos → universo → Deus.

O hermetista se concentra nas vibrações do mundo físico (que está repleto de vibração divina) e, quando se estabelece a Gnose por meio do Nous, ele supera sua condição mortal.

‒ A ideia da vida depois da morte é insuficiente se não modelar a conduta no mundo físico. Se por si só a ideia do descanso divino implica uma experiência física de mais amor e aceitação, ela parece ser aceitável, se não, é apenas um meio para enriquecer as igrejas católicas.

Logos se refere ao discurso racional, atenção dedicada e a capacidade de aprender através da razão e comunicação (‒ se estuda no ensino médio e é de extrema utilidade em todos os aspectos da vida).

Gnose já foi explicada, e aqui se agrega que exige silêncio e meditação para alcançá-la (‒ a meditação é um dos pilares do despertar, talvez Gnose seja um estado de iluminação possível e não um encontro com Deus).

Nous aparentemente possibilita a iluminação, "e de repente há uma luz brilhante e alegre em todos os lugares" (‒ me remete ao estado que se alcança a aceitar as coisas como elas são).

Se utiliza uma alegoria chamada Poimandres (intelecto divino) que aparece a Hermes enquanto medita, revelando os mistérios do cosmos, da alma e da relação divino/matéria. Explora a superação de ilusões, autoaperfeiçoamento e reintegração da alma à sua origem divina.

‒ A ideia de que a matéria é uma expressão divina parece ser um "tapa-buraco", ou seja, "me faltam explicações que me permitam entender a complexidade da vida, e por isso, atribuo divindade".